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O tempo vai me saboreando aos poucos, tanto que não postei esse final de semana.
Serei breve quanto a essa postagem: a poesia que trago hoje fala do gesto impensado e do arrependimento. Creio que seja trazido, de certa forma, um sentimento de irreversibilidade, embora eu acredite que possamos modificar o que fizemos de errado lá atrás. E fazer certo ou quase certo aqui na frente. Em Plurilógico, eu fechei a "Bolha Íntima" com essa poesia, que já carrega em si as tonalidades do "Buraco da Fechadura".
Por, fim, aflição
Foram nessas horas
que me armei de orgulho
e te bati a face
num gesto irregular
um momento instantâneo
intenso e contemporâneo:
todo o meu amor esvaiu-se em sangue
e encontrou o mar.
agora só o silêncio te acompanha
em tristes brumas, ondas vagas
temporal e vento: sussurros esparsos
tempos ímpares, espaços desiguais.
- By me®
Restam uns quatro poemas de Plurilógico pra eu publicar aqui. Enquanto isso vou trabalhando com meus novos poemas, brincando com novos conceitos que espero florescerem no blog em meados de setembro. Obrigado a todas as visitas, dessas pessoas maravilhosas que enchem vistas e corações.
7 comentários:
Nossa! O arrepio que me veste não é possível de descrição. Quero ler outras vezes mais, como água da fonte que a gente bebe mesmo sem ter sede. No caso tenho sede de um silencio maior que por vez se repete nas palavras e nos olhos. Aquela estranha definição que causa um sorriso destemperado e uma só consequencia: um suspiro profundo.
Abraços e obrigada pelo link e pela visita.
A lógica plural da poética dispensa descrições. Ela é ensimesmada, autêntica, teimosa, caminha de pernas próprias. E você, meu caro, deve continuar nos presenteando com sua vontade de letras d'alma.
Grande abraço!!
Seus versos nos trazem esse sentimento do irreversível, o gosto amargo do arrependimento. Por ora, depois descobrimos que o nosso mar tudo pode e é tão forte, pleno em imensidões.
beijos
...ÀS vezes, a vida se tinge de tons inesperados!... e, da crueza vem a consciência de nossa fragilidade, o empalidecimento da vaidade - mas não a morte do desejo: de ser, saber, saborear... Entre tormentas e calmarias do coração, sobrevive a vontade, de calor e cor, revestem-se de outras tonalidades e forças as asas da alma. Beijo tinto.
Fantasia, fio fino que corta.
Como o metal de Ogum,
É aposta com a natureza.
Nunca houve nada assim
Fora da tua imaginação.
E no entanto,
Sangras a dor funda
De quem acorda para o pesadelo.
O rio corria para o abismo...
Agora é a foz. É o mar. É o fim.
O desejo alcançou o seu último porto.
A vida vem em ondas...como o mar...
São bons os movimentos, e infindos: plurilógicos!...
Beijo tinto alado.
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