quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Romance itinerante

Tem três décadas que ele viajou.
Eis que se inventou o foguete e danou-se
de querer conhecer o universo.
Disse que traria uma pedra da lua, um diamante do Sol.
Disse que traria as bênçãos de São Jorge
e escamas do seu dragão.
E já faz uma vida que sumiu entre as estrelas!
Mas eis que toda noite olho para o céu
e uma estrela me brilha em especial.
E penso “é ele carregando o diamante entre os dentes,
espada na mão, feição de guerreiro.”
E me sinto sentada no infinito, cosendo nas mãos um crochê de galáxias.

- remexendo coisa velha.