terça-feira, 28 de agosto de 2007

Esqueçam o espelho d'água. Por um instante, por um segundo. Agora vou falar de coisa séria.
Tenho pensado muito acerca das poesias que venho fazendo desde quando me meti a fazer poesias outra vez e não cheguei a uma boa conclusão.
Sinto que minha poesia é uma ilha que não busca conexão com quem vai lê-la. Isso me deixa chateado.

Primeiro, porque sei que esse é um erro velho, cometido por nossos queridos românticos. O ditado já diz: "errar é humano. Repetir o erro é burrice." E como a ficha caiu, logo mais haverá modificações no que eu escrevo. Não sei: conteúdo, forma de expressar, enfim. É aí que entra o segundo motivo que me deixa chateado.

O projeto Espelho D'água segue FIELMENTE essa linha que eu reconheço como... hum... obsoleta e desgastada e da qual estou tentando me desligar como forma de ultrapassar minha poética e de reciclar o que venho produzindo. Espelho D'água talvez até tenha algo de mais universal e conectivo, principalmente em sua vertente niilista e existencial. No resto, entretanto, devo reconhecer a existência desse sentimentalismo medíocre e reduzido a uma perspectiva individual. Até a forma como o projeto se organizou (meus projetos têm vida própria, são "mero fruto do acaso", meu acaso, por sinal) é isolada dentro do pequeno mundinho de Yuri.

Vejam só, que ironia. Eu rompendo com eu mesmo. (olha, gente, eu tô crescendo! hahahahaha)

domingo, 19 de agosto de 2007

A essência, o tempo e a falta de espaço.

Verso fluido
Ah! que vontade de não-ser
ou então ser bem pouquinho
passar dias
passar horas
passar (s e r a r)
ver através de um pedaço opaco de tempo.

e então, quem sabe, a perspectiva.

Por Dona Nervosa, aquela que não-é.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Depois, a essência.

Minha ausência prolongada se justifica pela preparação de meu novo conceito, aqui já apresentado a vocês. O layout do blog foi modificado, afinal este espaço é uma forma de eu expandir os conceitos com os quais trabalho em meus projetos poéticos. Não vou fazer como fiz na fase Plurilógico e colocar uma introdução enorme, esquadrinhando o conceito e suas circunstâncias.
Lhes apresento, todavia, três moças, as damas de Espelho D'água. Elas são uma simbologia do conceito, da forma como ele foi trabalhado, das vertentes dentro do projeto, enfim. A primeira é Dona Nervosa. Ela lhes trará os poemas de dor e pessimismo, com sua eterna atitude niilista, onde as coisas partem da multiplicidade de seres para o mais completo não-ser. A segunda é Dona Plácida. Com seus ramos de esperança, desata os nós e refaz a tranquilidade. E a terceira é Dona Lânguida, dama de aura platônica, sempre (mal-)envolvida com o amor. Tem os dois pés presos numa terra de vento, por isso quase sempre colhe tempestades.
Então, não será Yuri Assis aquele quem vai apresentar os poemas, mas sim essas damas translúcidas.