terça-feira, 26 de junho de 2007

Versos de intimidade.

Essa é a penúltima poesia de Plurilógico que escolhi pra publicar no blog. Os dois últimos poemas que escolhi pra publicar são poesias intimíssimas, já preparando terreno para a entrada do conceito fluido, azul e introvertido que vem a seguir, que vem dar suas caras em agosto-setembro.
Minha intenção ao escrever esse poema foi bem simbolista, portanto abro as portas da sugestão, sem jamais definir. Em alguns momentos acredito em definições como limites.

Virgindade
Na noite taciturna
Duas mãos brincam em uníssono
No escuro, caladas, quietas
Confidentes e secretas

Na forma infinita do amor
Inventam tesouro em baú humano
Em poucas palavras, tecem teias
de fina sutileza etérea.

Silêncio: um sussurro perdido se esconde no tempo.


- By me®

Aproveitando, aí vai uma sugestão: tem uma música, chamada Cocoon, de uma cantora chamada Björk, que complementa a compreensão e ajuda a sentir melhor a mensagem que eu quis passar. No momento, eu apenos sugiro e pronto.

Obrigado a todos que comentam.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Filosofias subliminares.

Plurilógico está chegando ao seu fim e, aos poucos, vejo despontar azuis raios de manhã. Em agosto, um novo conceito vai dar as caras no blog, um conceito azul e fluido, que simplesmente não deseja ser. Porém, a verdade se esconde detrás do espelho. Alguém adivinha, alguém entende? Só em agosto.
Por enquanto, continuemos com Plurilógico e sua aura agora já crepuscular. A poesia que trago hoje pertence ao Caramanchão e é sobre a mente se olhando no espelho e vendo o que existe por trás de toda verdade.

Despojo
Nessa fantasia eu me escondo
e crio imenso labirinto.
Ergo paredes e corredores e?
Já não verás a mim.

É a mente-floresta
com seus medos-mitos
sua forma fantástica
seu secreto linguajar.

Nesse casulo sereno
há um desafio travado:
faces recortadas, duplas intenções.

No desejo de crescer,
esconde-se a morte
e a mente se revela:

hoje à noite, na sala de jantar.

- By me®

A quem comenta, mais uma vez frutos e flores de gratidão.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Pequenos brilhantes.

Em Plurilógico, fiz um pequeno poema que falava sobre força de vontade, como o desejo vai fixando suas raízes fundas na alma a partir de pequenas vontades. Devido à sua simplicidade e à sua objetividade, o considerei como um pequeno brilhante, uma gota tímida de orvalho desafiando um deserto. Tímida, entretanto sólida, consistente, certa de onde estava, o que fazer e onde se infiltrar. É o embalar suave de um sonho durante a travessia da estrada árida, porém certo de alcançar a outra margem.
Essa poesia pertence ao Caramanchão, onde a mente senta, bebe chá e fica grávida do mundo, admirando sua beleza, em tenras filosofias.

Minimalistas
Sou todo vontade, vontade boa
Bucolismo ortodoxo e tão pureza
Canto de voz, o que há na minha
Vontade que dá de tarde e à noitinha.


A quem comenta, fica os frutos de gratidão.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Ctrl+Z.

O tempo vai me saboreando aos poucos, tanto que não postei esse final de semana.
Serei breve quanto a essa postagem: a poesia que trago hoje fala do gesto impensado e do arrependimento. Creio que seja trazido, de certa forma, um sentimento de irreversibilidade, embora eu acredite que possamos modificar o que fizemos de errado lá atrás. E fazer certo ou quase certo aqui na frente. Em Plurilógico, eu fechei a "Bolha Íntima" com essa poesia, que já carrega em si as tonalidades do "Buraco da Fechadura".

Por, fim, aflição
Foram nessas horas
que me armei de orgulho
e te bati a face
num gesto irregular

um momento instantâneo
intenso e contemporâneo:
todo o meu amor esvaiu-se em sangue
e encontrou o mar.

agora só o silêncio te acompanha
em tristes brumas, ondas vagas
temporal e vento: sussurros esparsos

tempos ímpares, espaços desiguais.

- By me®

Restam uns quatro poemas de Plurilógico pra eu publicar aqui. Enquanto isso vou trabalhando com meus novos poemas, brincando com novos conceitos que espero florescerem no blog em meados de setembro. Obrigado a todas as visitas, dessas pessoas maravilhosas que enchem vistas e corações.