quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O umbral entre a luz

Metamorfose
O fio da navalha corta;
o sangue é evidência efêmera.
Subsiste certo atrito com o tempo:
eis a prova de fogo
da exatidão da lâmina,
exausta de tanta guerra.

Por Dona Nervosa, da beira do cais.

6 comentários:

yuri assis disse...

p.s.: se alguém entender, favor me avisar e me contar o que é. eu mesmo ainda não descobri.

Héber Sales disse...

vc sabe q eu gosto desses signos
passados ao fio da navalha.
abraço!

Leila Andrade disse...

A navalha corta como o cotidiano.
A vida não pode ser explicada mesmo.
bjs

Sofia Sampaio disse...

A lâmina corta, sangra, pára o tempo.
ela pára o tempo.

uma imagem só.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Teu poema enigmático também corta a razão do leitor em pedaços: o fio da lâmina das letras parte o tédio, buscando um remédio para a anestesia da massa... Sim, a poesia fermenta... e as metamorfoses acontecem, basta que se permita! Abraços alados, poeta YuriAzul.

Anônimo disse...

bem enigmático mesmo. :) a cara do yuri.