toda quarta-feira é cinza
maré vem quebrar
ressaca chegando
garapa de cana
engov epocler
sempre há um março
é vez que doso
de gole em gole
sal e sargaço
maré vem quebrar
ressaca chegando
garapa de cana
engov epocler
sempre há um março
é vez que doso
de gole em gole
sal e sargaço
Postado por yuri assis às 02:06 1 comentários
co
mo
pu
de
ser
tão
ima
tu
ra
de
a
char
que
ele
reu
ni
ria
os
ele
men
tos
que
dei
xei
por
aí?
Postado por yuri assis às 01:58 5 comentários
amanso:
amanheço
imenso.
mensuro
- desponto no espaço.
dispenso; prescindo compasso.
Postado por yuri assis às 01:57 1 comentários
o horizonte desponta
- me amacia
cada calor tem seu espectro
nenhum tamanho é dor.
Postado por yuri assis às 01:26 0 comentários
ninguém te supunha assim
tão em mim profundamente
prezando leveza luz
pluma que ainda não dá
Postado por yuri assis às 00:51 1 comentários
quer queira quer não
em pura geometria
ele me traça linhas
inaugura o meu eixo
numa direção que não existia
como se selado um acordo
e eu então o sofrendo
tranquilamente envergado.
do prazer que manuseia
põe uma forma
e sob tal efeito
arrisco um reflexo.
de impossível
faço-me miragem.
Postado por yuri assis às 01:38 0 comentários
um poema criado-mudo
um poema estante
um poema caco de planta
um poema cinzeiro
um poema lixeira
um poema saco plástico
um poema maçaneta
um poema ralo - ou bueiro?
um poema made in china de 1,99
um poema saca-rolhas
um poema faixa de pedestres
um poema pisca-pisca
um poema mosquito
um poema zumbido
um poema virando a esquina
um poema nota de rodapé
um poema marca-texto
um poema ligue os pontos
um poema compressa
um poema bocal de caneta bic
um poema clipe
um poema parafuso
um poema botão
um poema vírgula
o poema se situa entre uma coisa e outra
entre o pensamento e o seguinte
entre o passar do tempo, encontra-se o poema, intercalado com as horas,
os minutos e segundos.
quem viu a mínima distância que existe entre si e si mesmo
percebeu o poema vibrando.
Postado por yuri assis às 20:53 3 comentários